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A Brasil Arquitetura, criada em 1978, é uma associação de arquitetos liderada pelos sócios fundadores Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, ambos formados pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Realiza projetos de arquitetura, urbanismo, recuperação e restauro e desenho industrial para os mais diversos setores de atividade: residências e conjuntos residenciais, lojas, restaurantes, indústrias, edifícios para lazer e de uso público e institucional. Buscamos uma arquitetura atenta às “raízes e antenas”, ou seja, uma arquitetura criada a partir de profunda conexão com as bases culturais de cada lugar, mas sempre observando o presente e mirando o futuro. Nessa trajetória, contou com muitos parceiros e colaboradores e desenvolveu vários projetos com premiações no Brasil e exterior, dentre eles destacam-se: o Bairro Amarelo, em Berlim, Alemanha; o Museu Rodin Bahia, em Salvador, Bahia; o Museu do Pão, em Ilópolis, RS; a Villa Isabella, na Finlândia; e a Praça das Artes, em São Paulo.
Marcelo e Francisco se conheceram durante a graduação em Arquitetura e Urbanismo na USP, na década de 70. Em 1977, Marcelo inicia um estágio para a construção do Sesc Pompéia, em São Paulo, ao lado da arquiteta Lina Bo Bardi, de quem ficou muito próximo. Ao concluir o projeto e a graduação, se uniu ao Francisco para dar início a Brasil Arquitetura. No primeiro momento, a dupla continuou a trabalhar com projetos do Sesc, participaram de concursos para a reurbanização do Vale do Anhangabaú e o Pavilhão Brasileiro na Exposição Universal de Sevilha, em 1981 e 1991, respectivamente. Em 1982 participaram do projeto do Museu de Arte de São Paulo (MASP), trabalharam durante 4 anos da revitalização do Centro Histórico de Salvador e em 1992 realizaram também a revitalização da Prefeitura de São Paulo, no Palácio das Indústrias
A característica principal do trabalho da Brasil Arquitetura é a junção de elementos culturais e históricos com a modernidade. São fundidas as características populares e eruditas, a partir da incorporação de técnicas locais, mesmo com a base em uma arquitetura mais moderna. Então, a partir da década de 90 o escritório começa a ganhar mais projetos de revitalização em edifícios de valor histórico, como: Theatro Polytheama, Conjunto KKKK, Museu Rodin Bahia, Museu do Pão, Teatro Engenho Central e o Cais do Sertão, Museu de Luiz Gonzaga. Todos esses projetos contam com o contraste do antigo, deixando elementos principais e de valor cultural, com a contemporaneidade e incorporação de aspectos modernos e funcionais.
Em 1986, de forma paralela à Brasil Arquitetura os fundadores deram início à Marcenaria Baraúna para atuar na produção de mobiliários de madeira. Francisco e Marcelo então expandiram as suas habilidades e possibilidades de negócios e incorporam, na elaboração dos móveis, a mesma lógica e essência dos projetos arquitetônicos.
Selecionados para o trabalho através de um concurso, o Brasil Arquitetura realizou a requalificação do Bairro Amarelo, na capital alemã. O objetivo do projeto era trazer uma identidade brasileira para um conjunto habitacional da antiga Berlim Oriental e, então, a dupla transformou o prédio a partir da pintura, do uso de muxarabis e azulejos com desenhos indígenas. O projeto ficou pronto na metade de 1998.
Em 2012 foi inaugurada a Praça das Artes, no centro de São Paulo, um dos principais equipamentos culturais construídos na cidade nos últimos anos e de suma importância para o obra e trajetória da Brasil Arquitetura, que realizou o projeto em parceria com o arquiteto Marcos Cartum.
Em 1977, no seu estágio para a construção do Sesc Pompéia se aproximou muito da arquiteta Lina Bo Bardi e trabalhou ao seu lado até 1992, quando ela faleceu. Por isso, em 1991 se tornou diretor do Instituto Lina Bo Bard onde atuou até 2001 e, em 1993, publicou o livro Lina Bo Bardi. Em 2002 colaborou também com Oscar Niemeyer. Em 2004 tornou-se professor da Escola São Paulo e dois anos depois foi convidado para lecionar na Washington University.
Assim como Marcelo também colaborou com Lina, estagiou com Julio Katinsky em 1975 e trabalhou nos escritórios dos arquitetos Joaquim Guedes e Abraão Sanovicz. Foi professor na Faculdade de Arquitetura Brás Cubas por 3 anos, de 1992 a 1995. Em 2002 tornou-se professor da Escola São Paulo.
Em 2018 a Brasil Arquitetura realizou a construção do museu no Recife. O Governo do estado de Pernambuco destinou ao projeto um armazém do antigo porto da cidade e a área livre contígua a ele, local que já era considerado patrimônio histórico. O projeto faz parte de uma ação do Estado e Município que busca aproveitar as áreas do porto desativado para criar ambientes que valorizem a cidade, principalmente o Centro Histórico. O museu cria um novo marco urbano na paisagem do local e contrasta a temática de Sertão com o cenário à beira mar. A logomarca do Cais do Sertão é o cobogó gigante, elemento da arquitetura que nasceu no Recife e serve para compor o ambiente junto ao concreto pigmentado amarelo ocre, caracterizando o Sertão. Essa caracterização ocorre de mais diversas outras maneiras, mais sutis ou explícitas, por todos os aspectos do museu: tudo ali foi pensado para remeter à cultura sertaneja. O museu conta com objetos de rigor antropológico, obras de arte exclusivas, documentos, filmes e fotografias. Para homenagear o rei do Sertão Luiz Gonzaga o museu também traz instrumentos, roupas e discos do artista. O ambiente conta com um alto nível de tecnologia, tanto construtiva quanto expositiva.
Localizado na cidade de São Gabriel da Cachoeira, cidade de maioria indígena com cerca de 20 mil habitantes, na região amazônica que faz fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela.
É um projeto pensado para evidenciar a possibilidade de uma relação harmônica e mais gentil entre o homem e a natureza. O edifício é aberto ao público, com o objetivo de servir de equipamento democrático e espaço de convivência para a população, que pode observar uma linda vista da Floresta Amazônica, o rio e a areia branca. O edifício foi construído de maneira simples, por conta da oferta reduzida de materiais, mas que se assemelha a malocas indígenas, numa construção que protege das chuvas e ventos típicos da região.
A equipe de mão de obra foi composta por indígenas, que utilizaram suas técnicas para lidar com madeira e cipó, dessa forma o local se relaciona com todo o seu entorno. O ambiente abriga um salão multiuso para eventos, exposições, projeções, trabalhos, conferências e biblioteca, além de um telecentro aberto ao público gratuitamente. Nos andares superiores ficam apartamentos para visitantes e pesquisadores, sala de convivência, cozinha coletiva e sala de baterias.
Dedicada ao estudo e práticas artísticas, principalmente de artes e música, o local também possui um local de convivência aberto para o público. O vão livre segue os padrões do MASP e é uma característica fundamental de ambientes que buscam a integrar a população. O projeto foi uma requalificação do Antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, localizado na região central da cidade. A sala de recitais, por exemplo, é um espaço raro no cenário paulista e estava inutilizada por décadas. Todo edifício foi revitalizado e integrado a um complexo com algumas outras construções, que abrigam e integram as Escolas e Corpos Artísticos do Teatro Municipal de São Paulo, os Corais Lírico e Paulistanos, Orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório, Balé da Cidade, Quarteto de Cordas, Escolas Municipais de Música e de Dança, Museu Teatro, Centro de Documentação Artística, área administrativa, auditório, restaurante e discoteca. A área total de 28500 metros quadrados se desenvolve em três direções: Rua Formosa (Vale do Anhangabaú), Avenida São João e Rua Conselheiro Crispiniano.
Em 2003 a Brasil Arquitetura foi convidada para participar do projeto de restauração e criação de uma rota turística de moinhos coloniais remanescentes na região da Serra Gaúcha. O primeiro moinho restaurado foi o Colognese, em Ilópolis, e o objetivo era fazer com que ele voltasse a funcionar para produzir polenta a partir da farinha de milho. O escritório decidiu projetar também uma Escola de Padeiros e o Museu do Pão. O museu tem todas as laterais em vidro, com vista para o moinho de madeira, material presente em quase todos os itens da composição interna do ambiente. É um projeto que cumpre a proposta de renovação cultural à medida que conecta a população local e visitantes com a história colonial do país e a herança trazida e construída pelos imigrantes.
A primeira filial do museu fora da França foi desenvolvida em Salvador pela Brasil Arquitetura. O local foi escolhido com base no valor cultural para a cidade e também para que pudesse abrigar parte do acervo de centenas de peças em gesso da sede em Paris. O Palacete Comendador Catharino foi restaurado com novas intervenções para poder abrigar todas os serviços e atividades oferecidos: recepção, loja, salas para arte-educação, exposições das peças da coleção Rodin, café-restaurante e atividades administrativas. Para isso, um novo edifício foi construído em anexo, interligado por uma passarela de concreto protendido. O intuito dos arquitetos era manter as obras de exposição fixa no palacete e utilizar o novo edifício para exposições temporárias. Além disso, o espaço externo foi preparado pelo paisagista Raul Pereira com plantas típicas da região para poder receber exposições ao ar livre e criar um ambiente de convívio público
A marca é uma extensão da Brasil Arquitetura que surgiu em 1986, para suprir a demanda e vontade de produzir os próprios mobiliários dos projetos arquitetônicos realizados pelo escritório. Pela relação dos fundadores com a arquitetura todos os móveis são desenvolvidos seguindo a lógica e padrões de projetos de edificação e urbanismo. Todos os produtos são produzidos em diferentes tipos de madeira maciça e pensados para serem duráveis, porém com econômicos, belos sem serem extravagantes ou puramente decorativos, suprem a necessidade e trazem conforto. Essencialmente como a Brasil Arquitetura todos os móveis são pensados analisando a relação cultural e histórica do material, mesclando com elementos modernos, mas sem aderir a modismo ou elitismo. A loja conta com uma pequena seleção de móveis já prontos disponíveis para venda, mas tem foco em uma produção artesanal e personalizada, com elementos pensados desde o início para compor a arquitetura do local e atender às necessidades do cliente.
Rua Harmonia 101, São Paulo - São Paulo, 05435, Brazil
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