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Criada em 1999 por colegas da FAU-USP, a Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz (FGMF) produz uma arquitetura contemporânea, sem restrições ao uso de materiais e técnicas construtivas, e procura sempre investigar a relação entre a arquitetura, o ambiente e o Homem. Qualquer que seja o projeto, privilegiamos a interdependência entre o objeto construído, o meio que o contém e o seu usuário.
Não há fórmulas pré-definidas ou rígidas: a cada desafio, partimos do zero e fazemos do desenho o nosso instrumento de pesquisa para elaborar uma nova visão de edifício, de objeto e de cidade.
Com o objetivo de serem reconhecidos pela academia e pelo mercado como um escritório de arquitetura inovador e contemporâneo, os sócios do FGMF unem experiências diversificadas a fim de criar projetos plurais, em vários segmentos da arquitetura.
Em 1996 Fernando, Lourenço e Rodrigo iniciaram sua graduação em Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo e desenvolveram uma grande amizade. Os colegas discutiam os trabalhos da faculdade e perceberam ali uma similaridade na forma de pensar e elaborar projetos, assim como a facilidade em trabalhar juntos.
As principais inspirações do trio, desde o início da faculdade, eram os arquitetos: Renzo Piano, Alvar Aalto, Paul Rudolph, Eduardo de Almeida, Tadao Ando, Eduardo Souto de Moura, Antonio Carlos Barossi, Abrahão Sanovicz e Paulo Mendes da Rocha.
No quarto ano da faculdade, uma das matérias contou com um trabalho individual de arquitetura residencial e foi a partir dele que grandes oportunidades foram surgindo para que os três colegas trabalhassem juntos.
Em 1999, então, o grupo de estudantes fundou o FGMF Arquitetos, numa abreviação do sobrenome dos três: Forte, Gimenes e Marcondes Ferraz. O primeiro trabalho do escritório permitiu que os sócios trabalhassem também na obra.
A identidade central da FGMF é, justamente, não ter uma especialidade. O escritório busca trabalhar com a ampla variedade de possibilidades da arquitetura, em projetos de pequena ou grande escala, na área residencial, comercial, de hotelaria, institucional, de interiores, design ou urbana.
Hoje, o escritório é muito bem reconhecido nacional e internacionalmente, com a conquista de mais de 140 prêmios. O trio concede diversas palestras sobre arquitetura, principalmente em universidades.
Alguns Projetos.
O prédio localizado na comunidade Jardim Colombo, área carente do Morumbi, São Paulo, foi o primeiro trabalho de programa social do FGMF. No local são desenvolvidas diversas atividades da ONG de desenvolvimento humano Associação Viver em Família, que age no reforço escolar para jovens.
O terreno conta com 1500 m² e a área construída é de 1000m². O projeto foi iniciado em 2003 e entregue em 2006.
O espaço era destinado para a passagem de veículos e pedestres, no caminho de acesso à comunidade. Os arquitetos buscaram manter essa característica e incentivar ainda mais o convívio entre os moradores. A praça em patamares serve como área de lazer, na qual os degraus são utilizados para descanso, brincadeiras e como arquibancada em dias de evento.
O projeto foi dividido em dois blocos: um disposto ao limite do terreno e outro suspenso no sentido transversal. O edifício principal contém no térreo uma oficina multidisciplinar, a casa do zelador e a recepção. No andar superior estão dispostas sala de espera, de atendimento médico, odontológico, jurídico e psicológico. O edifício também conta com uma cozinha experimental para treinamento, que realiza vendas para gerar renda ao projeto. No bloco transversal estão as salas de capacitação profissional e de informática, biblioteca, depósitos e sanitários. O projeto também conta com uma quadra poliesportiva com depósitos e vestiários ao redor. Os dois blocos se comunicam pela cobertura que é uma espécie de praça suspensa, com jardim e brinquedoteca. As praças trazem para a comunidade o ambiente público e arborizado, que geralmente não está presente nesses cenários e é muito importante para a qualidade de vida dos moradores.
O projeto foi todo realizado com materiais simples, comuns em bairros mais pobres, porém de uma maneira um pouco diferente. Assim, os arquitetos conseguiram integrar o projeto ao ambiente ao mesmo tempo que garantiram uma estética de qualidade.
Com área construída de 9900 m², o mais novo museu de São Paulo está localizado na Avenida Paulista. O projeto foi iniciado em 2015 e entregue em 2017. O local recebe eventos como aulas, exposições e palestras, principalmente com temática de cultura japonesa. O FGMF em parceria com Kengo Kuma criou um projeto de identidade centrada no Japão, ao mesmo tempo que incorpora características brasileiras. O ambiente é bastante flexível para que possa receber todos os tipos de evento e integrar o público, sendo a biblioteca, loja, restaurante e administração os únicos locais pré-definidos.
É um escritório de alto padrão, localizado na Vila Madalena, que foge dos modelos tradicionais da região da Faria Lima ou Berrini, com a proposta de criar um ambiente de trabalho mais humanizado.
Com uma área aberta muito grande, o ambiente é integrador e se relaciona com a natureza a partir do projeto de paisagismo e luz natural, com muitos locais envidraçados. Toda a parte de sinalização é feita na própria estrutura, sem o uso de placas, para valorizar ainda mais a arquitetura. É um local horizontal que conta com salas de escritório de tamanhos variados, ambientes de integração, cafeteria, varandas, jardins privativos para reuniões externas, vestiários e bicicletário.
O projeto foi iniciado em 2012 e entregue em 2014, com área do terreno de 3470m² e área construída de 6880 m². O projeto foi desenhado em parceria com o Idea!Zarvos, que hoje utiliza o local como escritório.
O trabalho rendeu também um curso online, ministrado pelo trio de arquitetos na plataforma Pavilion. Por um investimento de R$110 o aluno tem acesso durante 40 dias a 6 aulas, numa carga horária total de 104 minutos, e certificado de conclusão. O curso compartilha o processo criativo do projeto e documentos como croquis, desenhos técnicos, fotografias, perspectivas e vídeos, para que possam ser abordados temas como materiais, iluminação, estrutura, partido arquitetônico, identidade visual e interiores.
A Líder é uma rede de lojas de móveis, com mais de 20 unidades em diversas cidades Brasil. A do Jardim América, bairro de São Paulo, foi criada com o objetivo de ser a loja conceito (flagship) da marca no país, o que justifica a preocupação com o seu projeto arquitetônico. O FGMF ficou responsável por realizar um projeto com espaços amplos que permitissem a montagem de diferentes layouts de acordo com as novas coleções. Era fundamental também que houvesse uma área administrativa, cozinha funcional para a realização de eventos e área de mobiliário para exteriores. Os proprietários buscavam valorizar a marca e trazer para essa loja uma arquitetura contemporânea e atraente. A transparência da loja também é um fator essencial para a atrair consumidores. O projeto, através de diferentes posicionamentos e volumetria, foi capaz de transformar a paisagem e fugir da tradicional fachada de lojas, despertando a curiosidade de quem passa pelo local.
O escritório venceu o concurso mundial organizado pela área de Design do Grupo Accor Hotels, na fase “Américas”. A proposta do FGMF foi entregar um lobby amplo e integrador, a partir da conexão entre sofás, bar e restaurante. A fachada de vidro foi acrescentada para conectar a rua com o hotel, fazendo com que se veja e perceba o movimento de cada um. Além disso, essa área do térreo não é exclusiva aos hóspedes, qualquer pessoa pode jantar no restaurante, tomar um drink no bar ou se reunir nos sofás. Os quartos foram desenvolvidos com móveis e disposição diferenciados, para que os hóspedes possam fazer o melhor uso de acordo com suas necessidades. O grupo também desenvolveu quartos maiores, de 4 a 6 pessoas, com banheiro extra e quartos conceito, com pé direito duplo. O projeto já foi aplicado em três hotéis Ibis, o São Paulo Expo, São Paulo Morumbi e em Porto, Portugal.
Em 2016 a FGMF lançou um livro comemorativo para celebrar os mais de 15 anos no mercado, com título de FGMF - 1999-2015, pela Editora Acácia Cultural. A obra conta a trajetória do escritório ao longo desses anos, traz fotos e textos sobre os projetos de destaque da empresa e acompanha um caderno com desenhos, informações técnicas e cortes. Essa edição contém 356 páginas e é elaborada de forma bilíngue. A introdução é feita por dois jornalistas britânicos, Ellie Stathaki e Jonathan Bell, e conta com textos produzidos por Guilherme Wisnik, crítico de arte e professor da FAUUSP. Alguns dos projetos presentes no livro são: Casa do Cafezal, Casa Mattos e Casa das Pérgolas Deslizantes.
A FGMF começou recentemente a trabalhar mais a fundo no mercado de design de interiores, fazendo algumas das peças que compõem os projetos. A cadeira farofa, por exemplo, foi produzida para a montagem de um restaurante em Miami. As cadeiras presentes nos quartos de dois projetos para a rede hoteleira Accor também foram produzidas pelo escritório, uma delas para o Ibis em parceria com a Tramontina. A mesa Alfa, por sua vez, foi desenvolvida para um cliente específico num projeto residencial e deve ser comercializada em breve.
Essa é uma área nova para o trio de arquitetos e que tem incentivado a equipe a estudar mais para poder expandir o seu número de serviços e pluralidade.
Rua Auriflama 61, São Paulo - São Paulo, 05422, Brazil
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